sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Cistos na mão e punho


É aquela “bolota” que aparece no dorso do punho, na grande maioria dos casos, corresponde à um cisto sinovial.
Trata-se de uma tumoração benigna,formada por uma capa preenchida pelo líquido normal do punho, o líquido sinovial, de aspecto claro e gelatinoso. Apesar de poder crescer em tamanho, ele não vai se espalhar pelo resto do corpo.

Oval ou arredondado, pode ter a consistência mole ou endurecida. Mais comum em mulheres na proporção de 3:1, pode aparecer em qualquer idade, com maior incidência entre a segunda e quarta décadas de vida.

Pode ser indolor, mas em razão do seu crescimento acaba incomodando os nervos e tendões que passam por perto, acarretando dor, principalmente nos movimentos de flexão e extensão, com diminuição da força e incapacidade funcional, atrapalhando várias atividades, tais como digitar no computador, musculação, praticar Yoga, jardinagem, vestir-se...

O punho apresenta uma espécie de capa que recobre a articulação e dentro existe o liquido sinovial que alimenta a cartilagem . Em razão de algum trauma ou micro-traumas repetitivos, ou ainda por defeito na anatomia, ocorre uma espécie de abaulamento nesta capa (como se fosse uma bolha em uma câmara de pneu).

Uma das teorias para o aparecimento do cisto sugere que estes traumatismos provocam irritação ou desgaste nos tecidos da capa do punho, produzindo uma substância (mucina) que acaba por enfraquecer a parede da capa, formando um canal por onde o liquido escapa e forma o cisto.

Em muitos pacientes, do mesmo jeito que incha ele desaparece.

Alguns cistos apresentam um sistema de válvula onde o liquido entra no cisto com facilidade, mas não consegue escapar provocando o seu aumento e acarretando dor.Imagine que a parte visível do cisto corresponde apenas à “ponta do iceberg”, o cisto tem origem nas profundezas do punho.

Nos casos indolores, o cisto pode ser apenas observado.

O uso de tala é recomendado para manter o punho em repouso (principalmente durante a noite)

No passado o cisto sinovial do punho era tratado com a bíblia: estouravam o cisto com uma batida seca de um livro pesado. Não é mais adotado pois com o tempo ele retorna.

A punção do cisto com uma agulha para esvaziá-lo pode ser uma solução temporária; o cisto torna-se menos tenso e doloroso, mas ele geralmente reaparece em dias ou semanas. O uso concomitante de uma substância(cortisona), de ação local, irritante que promove um efeito “selante”na falha da capa do punho e diminui a inflamação pode ser uma alternativa, acrescido do uso de tala por 2 semanas, mas assim mesmo, ocorre falha em cerca de 50% dos casos.

Caso resistentes são tratados de forma cirúrgica

No método aberto, é realizado uma incisão transversa no dorso do punho, é necessário afastar os nervos e tendões e chegar na raiz do cisto. A abordagem muito superficial, retirando apenas a capa superior do cisto, era responsável pela recidiva do cisto após a cirurgia.

domingo, 10 de outubro de 2010

Cirurgião cadeirante


O ortopedista Lídio Toledo Filho, de 37 anos, foi baleado no dia 31 de dezembro de 2007. Ele e a mulher, Silene de Araújo, saíram de casa, na Tijuca, para irem a uma festa de réveillon na casa de um amigo na Barra. Por volta das 22h, o casal estava no Alto da Boa Vista, na altura de um radar de velocidade onde o motorista é obrigado a trafegar a 40km/h, quando quatro bandidos, em duas motos, abordaram o médico, que dirigia um Honda Fit.

Um dos criminosos bateu no carro de Lídio, que teria acelerado quando foi baleado. O ortopedista levou três tiros, assim como a mulher dele. Os assaltantes não levaram nada e conseguiram fugir. Policiais prenderam, na semana seguinte ao crime, quatro acusados da tentativa de assalto. Um deles, Alan de Assis Mendes, confessou ter atirado no médico e disse que só efetuou o disparo por que Lídio teria a tropelado um dos bandidos na hora da abordagem.

Segundo investigações, o acusado era um dos seguranças de Willian Robocop, então chefe do tráfico no Morro do Borel, na Tijuca, que teria emprestado a arma para ele.

Os outros acusados, Rafael Silva de Oliveira e Diego Antunes de Souza, também foram presos pela polícia. Um menor de idade também foi detido acusado de participação no crime. Ele confessou que tinha a função de abastecer a motocicleta e de vigiar a região para avisar aos comparsas sobre uma possível aproximação da polícia.

Acidente com Césio 137


O césio (do latim "caesium" , que significa "céu azul") é um elemento químico de símbolo Cs , de número atômico 55 (55 prótons e 55 elétrons).O césio é um metal alcalino localizado no grupo 1 (1A) da classificação periódica dos outros elementos.

Um dos maiores acidentes com o isótopo Césio-137 teve início no dia 13 de setembro de 1987, em Goiânia, Goiás. O desastre fez centenas de vítimas, todas contaminadas através de radiações emitidas por uma única cápsula que continha césio-137.

O instinto curioso de dois catadores de lixo e a falta de informação foram fatores que deram espaço ao ocorrido. Ao vasculharem as antigas instalações do Instituto Goiano de Radioterapia (também conhecido como Santa Casa de Misericórdia), no centro de Goiânia, tais homens se depararam com um aparelho de radioterapia abandonado. Então tiveram a infeliz ideia de remover a máquina com a ajuda de um carrinho de mão e levaram o equipamento até a casa de um deles.

O maior interesse dos catadores era o lucro que seria obtido com a venda das partes de metal e chumbo do aparelho para ferros-velhos da cidade. Leigos no assunto, não tinham a menor noção do que era aquela máquina e o que continha realmente em seu interior. Após retirarem as peças de seus interesses, o que levou cerca de cinco dias, venderam o que restou ao proprietário de um ferro-velho.

O dono do estabelecimento era Devair Alves Ferreira que, ao desmontar a máquina, expôs ao ambiente 19,26 g de cloreto de césio-137 (CsCl), um pó branco parecido com o sal de cozinha que, no escuro, brilha com uma coloração azul.

Ele se encantou com o brilho azul emitido pela substância e resolveu exibir o achado a seus familiares, amigos e parte da vizinhança. Todos acreditavam estar diante de algo sobrenatural e alguns até levaram amostras para casa. A exibição do pó fluorescente decorreu 4 dias, e a área de risco aumentou, pois parte do equipamento de radioterapia também fora para outro ferro-velho, espalhando ainda mais o material radioativo.

Algumas horas após o contato com a substância, vítimas apareceram com os primeiros sintomas da contaminação (vômitos, náuseas, diarreia e tonturas). Um grande número de pessoas procurou hospitais e farmácias clamando dos mesmos sintomas. Como ninguém fazia ideia do que estava ocorrendo, tais enfermos foram medicados como portadores de uma doença contagiosa. Dias se passaram até que foi descoberta a possibilidade de se tratar de sintomas de uma Síndrome Aguda de Radiação.

Somente no dia 29 de setembro de 1987, após a esposa do dono do ferro-velho ter levado parte da máquina de radioterapia até a sede da Vigilância Sanitária, é que foi possível identificar os sintomas como sendo de contaminação radioativa.

Os médicos que receberam o equipamento solicitaram a presença de um físico nuclear para avaliar o acidente. Foi então que o físico Valter Mendes, de Goiânia, constatou que havia índices de radiação na Rua 57, do Setor Aeroporto, bem como nas suas imediações. Diante de tais evidências e do perigo que elas representavam, ele acionou imediatamente a Comissão Nacional Nuclear (CNEN).

O ocorrido foi informado ao chefe do Departamento de Instalações Nucleares, José Júlio Rosenthal, que se dirigiu no mesmo dia para Goiânia. No dia seguinte a equipe foi reforçada pela presença do médico Alexandre Rodrigues de Oliveira, da Nuclebrás (atualmente, Indústrias Nucleares do Brasil) e do médico Carlos Brandão da CNEN. Foi quando a secretaria de saúde do estado começou a realizar a triagem dos suspeitos de contaminação em um estádio de futebol da capital.

A primeira medida tomada foi separar todas as roupas das pessoas expostas ao material radioativo e lavá-las com água e sabão para a descontaminação externa. Após esse procedimento, as pessoas tomaram um quelante denominado de “azul da Prússia”. Tal substância elimina os efeitos da radiação, fazendo com que as partículas de césio saiam do organismo através da urina e das fezes.

As remediações não foram suficientes para evitar que alguns pacientes viessem a óbito. Entre as vítimas fatais estava a menina Leide das Neves, seu pai Ivo, Devair e sua esposa Maria Gabriela, e dois funcionários do ferro-velho. Posteriormente, mais pessoas morreram vítimas da contaminação com o material radioativo, entre eles funcionários que realizaram a limpeza do local.

O trabalho de descontaminação dos locais atingidos não foi fácil. A retirada de todo o material contaminado com o césio-137 rendeu cerca de 6000 toneladas de lixo (roupas, utensílios, materiais de construção etc.). Tal lixo radioativo encontra-se confinado em 1.200 caixas, 2.900 tambores e 14 contêineres (revestidos com concreto e aço) em um depósito construído na cidade de Abadia de Goiás, onde deve ficar por aproximadamente 180 anos.

No ano de 1996, a Justiça julgou e condenou por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) três sócios e funcionários do antigo Instituto Goiano de Radioterapia (Santa Casa de Misericórdia) a três anos e dois meses de prisão, pena que foi substituída por prestação de serviços.

O acidente com Césio-137 foi o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Distonia


A distonia é um distúrbio do movimento neurológico, em que as contrações musculares sustentadas causam torção e movimentos repetitivos ou posturas anormais.A doença pode ser hereditária ou causada por outros fatores tais como nascimento-relacionados ou outro trauma físico, infecção, intoxicação (por exemplo, envenenamento por chumbo) ou reação a medicamentos, particularmente neurolépticos.
As causas da distonia ainda não são conhecidos ou compreendidos.
O tratamento tem sido limitado a minimizar os sintomas da doença como não há ainda tratamento eficaz para a sua causa. Reduzir os tipos de movimentos que desencadeiam ou pioram os sintomas distônicos proporciona algum alívio, assim como reduzir o estresse, muito descanso, exercícios físicos moderados, e técnicas de relaxamento. Vários tratamentos foco em sedativos funções cerebrais ou o bloqueio do nervo comunicações com os músculos através de drogas, neuro-supressão ou desnervação. Todos os tratamentos atuais têm efeitos secundários negativos e riscos.
A cirurgia, como a enervação dos músculos selecionados, pode também proporcionar algum alívio, porém, a destruição dos nervos nos membros ou o cérebro não é reversível e deve ser considerada apenas em casos mais extremos. Recentemente, o processo de estimulação cerebral profunda (DBS) tem sido bem sucedida em um número de casos de distonia generalizada severa. DBS para o tratamento de distonia refratário a medicação, por outro lado, pode aumentar o risco de suicídio nos pacientes. Infelizmente, os dados de referência de pacientes sem terapia DBS estão faltando.


Doença Neurológica
Trata-se de uma degeneração generalizada das células nervosas que transmitem aos músculos os sinais elétricos para o movimento. A transmissão vai cessando e os músculos vão perdendo a atividade e se atrofiando.


Fonte: Wikipédia - A enciclopédia Livre